Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

David Zylbersztajn Antecipa a Privatização do Pré-sal

Também negou que era assessor de José Serra em carta enviada ao Jornal O Globo

A candidata Dilma Rousseff cobrou explicações de José Serra sobre as declarações de seu assessor para a área energética, David Zylbersztajn, favoráveis à privatização do pré-sal. “O principal assessor energético do candidato, que foi a pessoa que presidiu a Agência Nacional do Petróleo, da época do FHC, que agora diz o seguinte: que é a favor que haja não uma privatização da Petrobrás, mas do pré-sal, que o pré-sal seja passado para as empresas privadas internacionais”, disse.

Dilma contou ainda que, quando chegou à presidência do conselho da estatal, recebeu um plano estratégico elaborado no governo anterior, que previa a divisão da empresa, com “o seu esquartejamento”. “Partes da Petrobrás deveriam ser vendidas. Exemplo: a refinaria Duque de Caxias, lá no Rio de Janeiro, e as unidades de fertilizantes, as chamadas Fafens (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen)”, continuou, lembrando que os tucanos tentaram até mudar o nome da Petrobrás, subtraindo o Brás – que caracteriza o Brasil, mudando “para Petrobrax, para ela ser palatável ao investidor privado”. “Eu considero que o pré-sal é uma riqueza do povo brasileiro para combater a pobreza e garantir educação de qualidade”, afirmou no debate.

A candidata assinalou que o governo Lula capitalizou a companhia, numa operação que arrecadou US$ 70 bilhões e aumentou a participação acionária da União no capital da empresa (saindo de 31% para 48% e aumentou o controle para 60%), enquanto o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diminuiu a participação da União.

Serra não respondeu à pergunta e disse que “o PT volta sempre com essa história” em época de eleições. Disse que irá fortalecer a Petrobrás e que não vai privatizar o pré-sal, mas para tentar rebater Dilma elogiou a lei do petróleo criada por Fernando Henrique, a 9.478/97, que dá a propriedade a quem produz, ou seja, às multinacionais que exploram o óleo através das concessões obtidas pelos leilões. O governo Lula mudou a lei para permitir o controle do país sobre o petróleo do pré-sal.

Dilma também citou declaração de FHC, onde ele diz que Serra foi o grande incentivador da privatização da Vale, indagando de Serra sobre quantas privatizações ele tinha feito na época em que era ministro do Planejamento e chefe do Programa Nacional de Desestatização.

“Não dá para fugir com a história do trololó. Não é trololó. É uma afirmação grave. Ele não responde o que falou o Fernando Henrique Cardoso, que ele, Serra, é o grande interessado na privatização da Petrobrás”, retrucou Dilma Rousseff.

No programa eleitoral de Serra no rádio, o locutor disse que o tucano participou da campanha do “Petróleo é nosso”. É um caso raro de garoto prodígio, já que ele nasceu em 1942 e a campanha começou logo depois, a partir de 1947.

Do Jornal Hora do Povo

2 comentários:

Paulo Marcel disse...

O Presidente José Sérgio Gabrieli escreveu uma nota no Fatos e Dados rebatendo o que disse Zylbersztajn. E o Estadão trata do assunto como se o Presidente tivesse entrado na campanha da Dilma, quando ele, na verdade, está defendendo a integridade da Petrobras destes sangue-sugas.

http://todeolhomalandragem.blogspot.com

Giovani de Morais e Silva disse...

O PIG é um problema sério, Paulo! Abraço!

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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma."
(Joseph Pulitzer)