Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Renato de la Rocha - Quando Precisam, "Os Escrúpulos" Vão Para o Lixo!


Meus caros amigos e amigas.
 
Sobre os "acontecimentos" do dia.
 
Quando o capitalismo começa a "fazer água",  a raiva, o preconceito e o escrúpulo contra o "socialismo" são jogados, literalmente, no lixo, pela turma que venera o "deus mercado". É o que acabou de acontecer na combalida economia da Europa. A França e a Bélgica, para "salvar" o seu banco Dexia, decidiram "socializar" o falido banco. O mais interessante neste triste episódio é que, nesta hora, NINGUÉM PROTESTA, todo o mundo fica com "peninha" dos bandidos, digo, dos diretores dos bancos, que vivem especulando no mercado financeiro. Foram eles que jogaram o dinheiro do banco Dexia, um dos maiores da Europa, no mercado da especulação, atraídos pelos juros pagos pela Grécia (e outros que estão por vir). Porém, este é apenas a "ponta do iceberg", esperem para ver o "resto", pois tem muito banco na fila esperando para receber a grana que os seus diretores jogaram nos cassinos da especulação da Espanha, Portugal, Grécia, Itália, França, Inglaterra... bem, não vou me cansar escrevendo os nomes de todos os países europeus. O "nacionalizado" banco Dexia, como dizem os sabujos jornalistas,  foi o primeiro da "lista". Mas ao contrário do que eles dizem, o banco não foi "nacionalizado", mas sim "socializado", posto que ele foi "salvo" com o dinheiro do povo francês e belga. Os cínicos jornalistas não sabem a diferença entre "nacionalizar um banco" e "socializar os prejuízos". Como um banco, que é franco-belga, poderia ser "nacionalizado" pelos governos franco-belga?
A cara do mafioso Sarkosy está rachada de vergonha, mas ele não teve escolha e nem saída - teve que "socializar" o prejuízo. ISTO NÃO TEM VALOR QUE PAGUE E É BOM DEMAIS.
 
A outra "notícia", que julgo muito importante neste dia, foi a premiação do prêmio Nobel de Economia, que para mim foi uma desesperada tentativa de fazer renascer o velho e fracassado neoliberalismo. O "prêmio" foi para dois velhos economistas norte-americanos, que resolveram "atualizar e republicar" um estudo econômico sobre o impacto dos juros e inflação nas economias. Um pequeno detalhe - este estudo foi feito nos anos SETENTA.  Quanta cara de pau!!! Qualquer economista "meia boca" já estudou e conhece este assunto desde a década de 70 do século passado. Mas a "decadente" academia do Nobel decidiu premiar o assunto para mandar o seu "recado" para o mundo, especialmente, para a Europa e para os EUA - ou seja - leiam e apliquem a velha cartilha.
E tem mais, o "estudo" foi muito usado e muito conhecido no "terceiro mundo", desde os anos 70 até 2000 - que, em resumo é - APERTO FINANCEIRO NAS CONTAS PÚBLICAS. Os mais velhos devem lembrar quando, nos anos 70, o Delfim Neto dizia - "antes, o bolo tinha que crescer, para depois distribuir" - não é? Pois o tema está de volta, só que, desta vez - COM UM PRÊMIO NOBEL, acompanhado com a esperança de que os governos "arrochem" as suas populações.
 
Finalmente, a outra "boa notícia" - os protestos dos norte-americanos contra o "sistema" e contra a "desigualdade" não param de CRESCER nos EUA. Sinal dos tempos ou do fim dos tempos? Quem viver, saberá!!!
 
 
Renato de la Rocha

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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma."
(Joseph Pulitzer)