Bombardeio do Palácio La Moneda
Em 11 de setembro de 1973, morria o grande Salvador Allende, médico e político marxista chileno. Fundador do Partido Socialista, foi presidente do Chile de 1970 a 1973, quando foi deposto por um golpe de estado liderado por seu chefe das Forças Armadas, Augusto Pinochet.
A sua política, a chamada "via chilena para o socialismo", pretendia, segundo ele, uma transição pacífica, com respeito às norm
as constitucionais chilenas e sem o emprego de força, para uma sociedade de paradigma socializante. Nacionaliza os bancos, minas de cobre e várias grandes empresas - o Estado chileno chega a controlar 60% da economia - e passa a sofrer pesadas pressões políticas norte-americanas e de grupos de pressão criados no Chile pela CIA, como a organização terrorista Patria y Libertad, de orientação nacionalista-neofascista.
Rapidamente o governo norte-americano submeteu o Chile a um bloqueio econômico informal, que impedia o Chile de obter empréstimos internacionais ou bons preços para o cobre, o seu principal produto de exportação. Isso foi denunciado por Allende num dramático discurso na ONU. Os Estados Unidos adotaram a estratégia de sufocar gradualmente a economia chilena até que um levante das Forças Armadas pusesse fim a "via chilena para ao socialismo".
Em 11 de setembro de 1973, aviões americanos bombardearam o Palácio La Moneda. Até hoje existem dúvidas sobre como se deu a morte de Allende. O mais provável é que ele tenha se suicidado para não ser pego vivo, mas há a hipótese de assassinato. De uma forma ou de outra, foi o golpe que o levou à morte. Foi o princípio da ditadura de Pinochet.
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