Marise Morais Psicóloga Clínica |
Abrindo as páginas da rede e lendo os comentários de uma rede social, fiquei sabendo que um cantor popular cujos sucessos são vintenários (um a cada vinte anos) na festa denominada Brazilian Day em Nova Iorque teria usado palavrões para referir-se á presidenta do Brasil. Ainda no mesmo momento teria debochado do ex-presidente Luis Inácio –Lula – referindo-se á sua deficiência física. O que esperar? Alguma surpresa? Certamente que não.
O senhor em questão sempre foi reconhecido por pautar suas relações afetivas (?) em pequenos escândalos de casamentos que são reconhecidos pela sua fragilidade. Alguns desses casamentos terminaram inclusive com cenas de violência doméstica.
Um outro escândalo também envolveu o senescente cantor quando pôs em dúvida a educação e a proteção de sua filha por sua ex-mulher que é uma atriz reconhecida pelo seu talento tanto quanto pelos seus valores familiares, chegando a ventilar possível abuso sexual da jovem que à época era menor de idade. O tempo provou o contrário.
Comportando-se sempre como um adolescente desajustado, o artista apresentou-se algumas vezes em shows onde parecia drogado ou embriagado, muitas vezes precisando abandonar o palco por falta de condições para finalizar o evento.
Assim de escândalo em escândalo a carreira desse senhor entra em franca decadência.
Visto de forma grosseira, o astro parece ser alguém que faz sucesso com as mulheres, no entanto, o que podemos observar é exatamente o contrário.
Incapaz de permanecer em uma relação afetiva duradoura, o ídolo decadente sempre demonstrou a sua instabilidade emocional, imaturidade afetiva e por fim o deu ódio contra a figura feminina, não poupando sequer a própria filha do seu desamor. Pai desajustado de muitos filhos, alguns abandonados afetivamente por esse ser infanto-senescente.
Misógino (aquele que odeia a mulher), o presente senhor é apenas uma figura empobrecida do que relata em suas musicas que falam de amor. Mas falar de amor não é sentir amor. Falar sobre algo é como ver um cartão postal de uma cidade e achar que pode conhecê-la e dominar seus caminhos com facilidade. Afinal ver Paris nas imagens de sites de busca e rotas não ensina ninguém a conhecer a cidade ou falar francês. Isso é o que é esse senhor.
Ora, se um homem é capaz de dirigir-se a uma senhora com palavras ofensivas, (não importando quem seja essa senhora) imagine o que não reserva para as mulheres que tiveram o dissabor de relacionar-se com ele entre quatro paredes.
O pior de tudo, esse senhor foi convidado para representar o Brasil em um show comemorativo da sua data maior na maior cidade do mundo. Cabia a ele saber comportar-se com cidadania e educação. Poderia até feito seu protesto se está insatisfeito politicamente, mas usar de palavrões em público é inaceitável.
Acostumado a deslizar de leito em leito e sendo expurgado por cada mulher que cruzou seu caminho, o ídolo demonstra a sua misoginia em cada gesto. Ódio à mãe? Seria apelar para uma psicanálise selvagem na tentativa de analisar os propósitos inconscientes deste senhor. No entanto não podemos deixar de observar que ele ofende e maltrata cada mulher que o acompanha, não poupando sequer a própria filha. Por que faria diferente com a mulher mais poderosa do país?
Esse senhor deveria procurar analisar um pouco sua vida para poder tentar salvar o pouco de dignidade que lhe resta, Uma análise lhe cairia bem. Mas certas psicopatias não se prestam â analise por pura incapacidade de auto reflexão e insigth.
Imaturo, sexista, preconceituoso e desequilibrado, o ídolo de barro tomba sobre a fragilidade da sua própria mentalidade, despreparado para conviver com as mulheres, os diferentes e os que não refletem a imagem que ele pensa que possui. Como Narciso, o mito, irá afogar-se em suas próprias mágoas ou em líquidos estocados barris de carvalho.
Marise Morais – psicóloga clínica
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